quinta-feira, 13 de setembro de 2012



Antes de iniciar um medicamento, consulte seu médico.

Com as propagandas de televisão, revistas e, hoje, principalmente a internet, é fácil descobrir que medicamento usar para tratar determinado sintoma ou obter algum efeito desejado. Entretanto, condições prévias do paciente podem contra-indicar o uso de certas substâncias. Por outro lado, a escolha de determinado medicamento ao invés de outro pode ser muito mais benéfico no resultado final. O médico é o profissional capaz de pesar essas informações e indicar (ou contra-indicar) medicações, conforme cada caso. Contraceptivos hormonais orais combinados, por exemplo, podem trazer uma série de benefícios que não só impedir a gravidez, como controlar acne e retenção hídrica, regular ciclo menstrual, dentre outros. A mesma medicação pode, também, aumentar o risco de problemas cardiovasculares em mulheres tabagistas com mais de 35 anos de idade, estando, portanto, contra-indicados nessa população. Daí a importância de consultar um médico antes e obter os melhores benefícios do uso de medicamentos.

Vanessa Fredrich

Antes de interromper o uso de um medicamento contínuo, consulte seu médico
               
Algumas medicações têm efeitos colaterais conhecidos, que podem ocorrer em alguns pacientes. Anti-hipertensivos da classe inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina), por exemplo, podem ocasionar como efeito colateral tosse. Se, por causa desse efeito, a medicação é descontinuada sem consultar um médico, o controle da pressão arterial pode ficar gravemente prejudicado, aumentando o risco de uma situação muito mais grave que a tosse, como um AVC (acidente vascular encefálico) ou infarto agudo do miocárdio. Quando, ao contrário, há o relato do efeito adverso a quem receitou a medicação, há possibilidade de troca por outra mais adequada. Assim o efeito adverso pode ser contornado sem colocar o controle da outra doença (no caso, a hipertensão) em risco.

Vanessa Fredrich

Sobre os efeitos colaterais

É muito importante que o paciente esteja ciente da possibilidade de efeitos indesejados, pelo menos dos mais comuns. Saber o que esperar do medicamento, além de seu efeito benéfico, diminui a ansiedade do paciente e evita que ele abandone o tratamento, além de aumentar a confiança no médico que o está acompanhando. Antidepressivos, por exemplo, podem levar semanas para começar a fazer efeito, além da possibilidade de efeitos colaterais desagradáveis, como alteração no peso, disfunção sexual, ansiedade... Se o paciente tem essa informação previamente, as chances de descontinuar o tratamento são menores.

Vanessa Fredrich

Esclareça as dúvidas de sua doença e tratamento com o médico
               
 É importante que o paciente não tenha vergonha de esclarecer as dúvidas sobre a posologia e forma de tomar os medicamentos (com água, em jejum, junto as refeições, etc), especialmente quando há vários deles e em períodos diferentes do dia. De que adianta investir tempo em anamnese e exame físico adequados, solicitar exames complementares para acertar o diagnóstico e definir a melhor opção terapêutica para o caso, se depois o paciente não tomar a medicação, ou fazê-la de maneira pouco eficaz? Claro que é papel do médico explicar a conduta tomada e orientar quanto a tomada dos medicamentos prescritos, mas, em meio a consultas rápidas, ou mesmo por descuido, essa parte pode ficar em segundo plano e invalidar todo o esforço empregado nas etapas anteriores para trazer alívio a queixa do paciente.

Vanessa Fredrich